O casamento típico do Brasil – e em boa parte das culturas ocidentais – segue um protocolo básico que todos conhecem, e que vai da cerimônia à festa, passando, é claro, pelas alianças, o vestido e o véu da noiva, o buquê jogado ao final da cerimônia, etc. Mas você consegue imaginar que em outro país a chuva justo no dia do casamento significa sorte? Ou que em determinado país nórdico os noivos trocavam suas roupas entre si para “confundir o mau olhado”?
Sim, existem muitos costumes mundo afora que soam como “loucura” para nós, brasileiros, mas que são absolutamente normais em outras culturas. O que importa é a união entre duas pessoas que se amam, certo? Vamos conferir algumas dessas curiosidades:
O Casamento Hindu
Num país tão rico em cultura e simbolismos como a Índia, não haveria de ser diferente em seus rituais matrimoniais. No tradicional casamento hindu, por exemplo, a cerimônia é longa e repleta de significados. A preparação começa no dia anterior ao casamento, em que a noiva tem os pés e mãos desenhados com henna, em motivos florais de muita beleza e complexidade, que indicam o status social da noiva.
Na manhã do grande dia, os noivos banham-se com óleo de sândalo e outras essências, cantando mantras para purificar corpo e alma. Durante a cerimônia, são realizados diversos rituais que visam consagrar a união entre os noivos, incluindo a troca de oferendas entre os noivos e suas respectivas famílias. Ao final da cerimônia, o oficiante dá três nós, amarrando a barra do vestido da noiva à camisa do noivo, simbolizando sua união sagrada. Os noivos dão sete voltas em torno do fogo e andam sete passos em direção ao norte, desejando sete pedidos.
Noivo com roupa da noiva e vice-versa
Acreditem, mas na Dinamarca é um costume tradicional – e bem humorado – de os noivos trocarem de roupa um com o outro para confundir os maus espíritos. Sim, a noiva entra com a roupa do noivo que, por sua vez, vem de vestido, véu e tudo mais a que a noiva usaria. Além de confundir os maus espíritos, acabam divertindo a todos com essa troca.
Padrinhos guerreiros
Na Idade Média, quando as coisas eram resolvidas à base de ferro e fogo – literalmente -, os guerreiros eram os escolhidos para serem os padrinhos de um casamento, pois sua função era justamente de proteger os noivos de algum saque ou invasão durante a cerimônia, bem como para blindar o casal de infortúnios típicos que ocorriam naqueles tempos um tanto quanto difíceis.
Pérolas trazem azar ao casamento?
Uma das joias mais estimadas e raras, a pérola é basicamente um presente da natureza, pois apenas uma em cada 10.000 ostras produzem essa gema. Contudo, resiste a superstição em todo o planeta de que usar um colar de pérolas no casamento traz azar, pois cada pérola simbolizaria uma lágrima de tristeza futura para o casal. Pesado, não é? Acredita-se que esta superstição esteja relacionada ao processo que leva uma ostra a desenvolver uma pérola: quando um grão de areia invade o interior da concha, a ostra busca meios de se proteger. Para isso, ela produz uma secreção conhecida como madrepérola, que envolve esse grão e o impede de machucá-la. Esse processo doloroso para a ostra acaba, enfim, gerando uma pérola.
Moeda no sapato da noiva
A cultura nórdica realmente possui tradições inusitadas em seus casamentos. Na Suécia, a noiva costuma colocar uma moeda de prata, oferecida pelo seu pai, e uma moeda de ouro, oferecida pela sua mãe, em cada sapato, assegurando que ela nunca passará sem eles e, com isso, carregar a proteção de seus pais até o fim da vida. Só que andar com uma pedra, ops, moeda no sapato deve ser meio incômodo né?